Para muitos, aquela seria apenas mais uma tarde comum em Curitiba. O ano era 2013 quando Eugênio Oliveira, então voluntário em um evento promovido na cidade para pessoas com deficiência visual, testemunhou uma cena que mudaria sua vida. Enquanto aguardava o início da corrida, um atleta cego aguardava ansiosamente seu guia para que pudesse competir. No entanto, o guia nunca chegou. A expressão de frustração e de impotência no rosto daquele atleta marcou Eugênio profundamente. Foi ali que ele percebeu que, muitas vezes, não é a deficiência que limita uma pessoa, mas sim a falta de oportunidades, de apoio e de estrutura.
Movido pela indignação e pelo desejo de fazer a diferença, Eugênio decidiu agir. Começou a pesquisar sobre o paradesporto e sobre a realidade enfrentada por atletas com deficiência visual. Descobriu que o esporte não era apenas uma forma de competição, mas um meio poderoso de inclusão, de autonomia e de superação. Nos anos seguintes, dedicou-se a conectar atletas, voluntários e instituições, construindo uma rede de apoio que ganhava força a cada novo passo.
Foi assim que, em 2017, nasceu a Radar DV – Associação Desportiva Rede de Apoio ao Deficiente com Atividades Recreativas. Mais do que uma organização, a Radar DV se tornou um movimento, uma comunidade unida por um propósito comum: garantir que a deficiência visual não fosse um limite, mas sim um desafio a ser superado.
Com sede em Curitiba-PR, a Radar DV promove hoje a inclusão social por meio do paradesporto, incentivando a autonomia e a confiança de seus beneficiários.
Atuamos em diversas frentes, desde a formação de atletas e de guias, até a organização de eventos, palestras e projetos de conscientização, informa Eugênio. Nossa missão vai além das pistas e quadras; buscamos transformar vidas, construir pontes entre a sociedade e as pessoas com deficiência visual, ampliando as possibilidades de um futuro mais acessível e equitativo.
Acreditamos que cada passo dado por um atleta cego é resultado de confiança, de parceria e de muita superação. Sabemos que a mudança não acontece de um dia para o outro, mas também temos a certeza de que cada esforço é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Na Radar DV, não apenas enxergamos o mundo de uma forma diferente, mas mostramos a todos que a verdadeira visão está na capacidade de acreditar, de apoiar e de transformar realidades. Se você compartilha desse ideal, venha fazer parte dessa história. Juntos, podemos abrir caminhos para um futuro em que cada pessoa tenha a chance de conquistar seus sonhos.
Nossa missão está refletida em cada ação que realizamos: “Acreditamos que a deficiência visual não define limites, mas sim desafios a serem superados.”
Seguimos firmes na busca por um mundo mais acessível, justo e inclusivo, onde todos tenham a oportunidade de mostrar seu valor e de conquistar seus sonhos. Porque, na Radar DV, ninguém corre sozinho!
A Radar DV é uma associação sem fins lucrativos dedicada à inclusão, à acessibilidade e à superação da pessoa com deficiência visual por meio do paradesporto. Desde 2017 nos dedicamos a transformar vidas, proporcionando oportunidades de desenvolvimento da autonomia e da confiança, possibilitando assim, a conquista de novos desafios.
Fundador e presidente da Radar DV, Eugênio tem uma trajetória marcada pelo compromisso com a inclusão e com o paradesporto.
Sua história junto aos deficientes visuais tem início em 2013 quando participou de um curso de formação de guias, promovido pela Prefeitura de Curitiba. Sua participação foi motivada por perceber a carência de atletas guia em uma competição.
Desde então, vem trabalhando para criar uma rede de apoio que garanta a inclusão e a participação ativa de pessoas com deficiência visual no esporte.
Eugênio segue segue liderando a Radar DV com o mesmo compromisso e paixão que o impulsionou desde o início.
Artista Plástico e residente em Curitiba desde 1957, Hélcio mantém a corrida presente em suas atividades físicas desde 1976, tendo participado de eventos como a Corrida do Facho, a Olimpiada Do Exército e a Olimpíada dos Comerciaros.
Provas de rua e traill fazem parte, até hoje, das provas que participa. No ano de 2010 ingressa na equipe Steady State de corrida onde ainda participa em provas de curtas e longas distâncias. Nessa equipe, por sugestão de um amigo, procurou a Radar DV para trabalho voluntário como atleta guia.
Em 2016 inicia suas atividades na instituição onde, além de ocupar o cargo de Vice-Presidente, ainda contribui como atleta guia voluntário.
Esposa, filha, mãe, avó, Cristã e filha do Rei. Apaixonada pela natureza, corridas de ruas, trilhas e cavalos. Empresária, especialista na área da Contabilidade, Gestão e Desenvolvimento de Processos.
Sandra entende que sua missão é ajudar as pessoas a conhecerem seus resultados através dos números.
Marcelo é corredor de rua amador desde 2013. Conheceu a equipe Radar DV durante a prova da Volvo no Circuito das Indústrias quando passou por uma dupla, “paratleta + guia”.
Ao final da prova foi conversar com eles e entendeu que era a oportunidade que buscava para aliar a paixão pelo esporte ao que acredita ser sua missão de ajudar ao próximo.
Nesses mais de 10 anos Marcelo participa da equipe, seja guiando ou apoiando durante as provas.
Praticante de corrida desde o ano de 2018 e apaixonada por esse esporte, Ana viu sua vida ser transformada para melhor.
Conheceu a Radar DV em 2022, a convite de uma guia do grupo. A partir do primeiro encontro nasceu um sentimento de pertencimento que superou as expectativas do que imaginava ser um guia de paratleta visual. O sentimento de ser útil à alguém e no final de cada prova ver a alegria do paratleta por superar todas as dificuldades, fazem com que a cada dia mais ame ser uma atleta guia.
Maria Célia está na Radar DV desde 2015 e é uma das fundadoras da Associação. Como paratleta, já participou de centenas de provas e é a primeira mulher deficiente visual a completar uma maratona no estado do Paraná.
Sempre contribuiu muito com a organização da instituição e recentemente participou de uma grande caminhada no Caminho da Fé, percorrendo 304 quilômetros em 12 dias.
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