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Correndo pela Inclusão

Grupo de corredores da Radar DV participando de corrida inclusiva; pessoas com deficiência visual usam camisetas laranja e são acompanhadas por atletas guias com coletes amarelos. Todos estão fantasiados com saias de bolinha azul e orelhas da Minnie, celebrando o espírito alegre e inclusivo do evento.

A deficiência visual, muitas vezes, é acompanhada de exclusão social, sedentarismo e baixa autoestima. Em resposta a esse cenário, nasce o projeto Correndo pela Inclusão, um projeto idealizado e realizado pela Radar DV, na cidade de Curitiba, no Paraná.

Oferecendo um espaço seguro, acolhedor e estruturado para que pessoas cegas ou com baixa visão possam praticar corrida com o apoio de atletas-guia voluntários, o projeto transpõe limites e promove a inclusão social, a autonomia e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência visual por meio da prática regular e adaptada da corrida de rua.

Metas para o Projeto

Beneficiários
0
Treinos Anuais
0
Provas Oficiais
0

A meta da Radar DV é ampliar o número de beneficiários de 30 para 50 paratletas ativos, realizar 45 treinos ao longo do ano com a presença de pelo menos 20 atletas e 20 guias por sessão, participar de 15 provas oficiais e capacitar 25 novos atletas-guia a cada semestre. Espera-se também a melhoria da saúde física e emocional dos participantes, o aumento da visibilidade do projeto e sua replicação em outras cidades, além do reconhecimento institucional como referência nacional em esporte inclusivo.

Objetivos do Projeto

O principal objetivo do Projeto Correndo pela Inclusão é promover, além da inclusão social, a autonomia e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência visual por meio da prática regular e adaptada da corrida de rua.

Dentre os objetivos específicos podemos destacar a realização semanal de treinos estruturados, com foco nas corridas adaptadas para pessoas com deficiência visual, além de:

  • Oferecer suporte técnico e logístico para a participação de paratletas em pelo menos 15 provas oficiais de corrida por ano;
  • Capacitar no mínimo 25 atletas-guia por semestre para atuação em treinos e eventos;
  • Promover o desenvolvimento da autonomia dos paratletas por meio da prática esportiva regular;
  • Melhorar o condicionamento físico, coordenação motora e resistência dos participantes ao longo do período do projeto;
  • Monitorar e registrar a evolução individual dos atletas com deficiência visual, com foco em desempenho, frequência e percepção de bem-estar;
  • Ampliar a visibilidade social da inclusão esportiva por meio de eventos mensais em locais públicos de grande circulação. entre pessoas com deficiência visual como ferramenta de saúde e bem-estar;
  • Promover a inclusão social e a convivência comunitária de paratletas com deficiência visual.

Justificativa

No Brasil, cerca de 3,4% da população de 2 anos ou mais (aproximadamente 7 milhões de pessoas) têm deficiência visual, de acordo com a PNS 2019. Embora não exista um recorte específico para Curitiba, sabemos que na Região Metropolitana da cidade, 20,5% da população declarou alguma deficiência em 2010, o que reforça a necessidade de ações e políticas de inclusão no município.

A prática regular de atividades físicas é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como essencial para a prevenção de doenças e promoção da saúde. Entretanto, muitas pessoas com deficiência visual enfrentam barreiras para acessar ambientes esportivos inclusivos. O projeto correndo pela inclusão, da Radar DV, busca eliminar essas barreiras, oferecendo treinos de corrida adaptados e participação em eventos esportivos, promovendo não apenas a saúde física, mas também a autonomia e inclusão social dos participantes.

A deficiência visual, muitas vezes, é acompanhada de exclusão social, sedentarismo e baixa autoestima. Em Curitiba, a Radar DV surgiu como resposta concreta a esse cenário, oferecendo um espaço seguro, acolhedor e estruturado para que pessoas cegas ou com baixa visão possam praticar corrida com o apoio de atletas-guia voluntários.

A prática regular de atividades físicas não deve ser inacessível às pessoas com deficiência. A Radar DV quebra essa barreira por meio de metodologia inclusiva e engajamento comunitário. Os resultados já obtidos demonstram impacto significativo na saúde física, na socialização e na autonomia dos participantes. Além disso, o projeto combate estigmas e promove o respeito à diversidade, tornando-se uma importante ferramenta de transformação social.

Metodologia

O projeto é desenvolvido a partir de uma rotina de treinos semanais realizados aos sábados, com foco em corrida, equilíbrio e coordenação motora, voltados especificamente para pessoas com deficiência visual. A formação das duplas entre paratletas e guias é realizada de forma criteriosa, levando em conta o ritmo de corrida (pace) e a experiência de ambos, sendo utilizado um cordão de segurança que os mantém conectados durante os treinos. A logística do projeto inclui também o transporte dos atletas cegos até o local das atividades, organizado de forma colaborativa entre os voluntários, garantindo que a locomoção não seja uma barreira à participação.

Mensalmente, o projeto realiza treinos em locais públicos de grande circulação, como parques, com o objetivo de dar visibilidade à iniciativa e fortalecer a inserção social dos participantes. A participação em provas oficiais de corrida é incentivada de forma contínua, assegurando a presença do grupo em eventos locais, regionais e nacionais, com inscrições, deslocamentos e demais aspectos logísticos organizados coletivamente.

Além dos treinos e competições, o projeto prevê a capacitação regular de novos atletas-guia, por meio de cursos práticos e materiais educativos, promovendo o preparo adequado e seguro para a atuação com os paratletas. Também é oferecido suporte básico de alimentação durante os encontros, com fornecimento de frutas e água. O projeto conta ainda com o apoio técnico de profissionais de educação física, estudantes da área e de seus 50 voluntários ativos.

A comunicação e a gestão do grupo são realizadas por meio de aplicativos de mensagens, listas de controle e planejamento coletivo, assegurando o acompanhamento constante das atividades e o envolvimento dos participantes na organização do projeto.

Público-Alvo

Pessoas com deficiência visual (cegos e baixa visão), adultas ou jovens, residentes em Curitiba e região.

Avaliação e Monitoramento

O acompanhamento das atividades da Radar DV será realizado de forma sistemática e contínua, garantindo transparência, qualidade e alinhamento com os objetivos propostos. O controle de frequência dos paratletas e dos atletas-guia será registrado em todas as sessões de treino e nas participações em provas oficiais, possibilitando a análise da assiduidade e do engajamento dos envolvidos.

Relatórios semestrais serão elaborados com base em indicadores quantitativos e qualitativos, contemplando dados de participação, evolução física, percepção de bem-estar e impactos sociais gerados pelo projeto.

A avaliação também ocorrerá por meio da escuta ativa dos beneficiários e voluntários, com aplicação periódica de formulários de feedback e rodas de conversa, permitindo a identificação de pontos fortes e oportunidades de melhoria.

Além disso, serão realizadas reuniões periódicas com a equipe técnica e de gestão para revisar os resultados, promover ajustes estratégicos e assegurar a efetividade das ações, fortalecendo o compromisso com a melhoria contínua e a transparência na execução do projeto.

Considerações

A Radar DV Curitiba representa uma prática concreta de inclusão social, saúde e cidadania. Ao aliar o esporte ao protagonismo das pessoas com deficiência visual, a iniciativa transforma realidades individuais e impacta positivamente a sociedade. Seu fortalecimento institucional permitirá a ampliação do alcance e a inspiração de novos projetos pelo país, consolidando a Radar DV como modelo de excelência em acessibilidade e prática esportiva inclusiva.

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